Seguro de Vida vs. Investimento: Pare de Comparar Maçã com Dinossauro

Seguro de Vida vs. Investimento: Pare de Comparar Maçã com Dinossauro
Foto de Natanael Presley (Como eu Invisto)

Natanael Presley (Como eu Invisto)

Apaixonado por finanças e investimentos, o autor do Curso Investidor Estratégico é especialista em ajudar brasileiros a conquistarem estabilidade e liberdade financeira vivendo nos Estados Unidos. Com experiência prática no mercado internacional, sua missão é simplificar a vida financeira de quem divide sonhos e responsabilidades entre Brasil e EUA.

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Quando o gerente do banco oferece um “seguro resgatável”, ele está explorando uma confusão fundamental na cabeça do investidor iniciante: a ideia de que seguro e investimento podem andar na mesma frase. Ele cria um monstro de Frankenstein, um produto que não faz bem nenhuma das duas coisas.

Deixa eu ser direto: Seguro de vida é uma ferramenta para te proteger. Carteira de investimentos é uma ferramenta para te enriquecer.

Misturar as duas coisas é como tentar usar um martelo para parafusar uma lâmpada. Não funciona. É comparar maçã com dinossauro. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Eu tenho dois seguros de vida. Nenhum deles foi contratado na mesa de um gerente de banco. Um é um seguro de vida completo, e o outro é focado em me proteger de acidentes em vida. E eu posso te garantir: o processo para contratar um produto desses não tem nada a ver com uma venda apressada de 15 minutos. Eu tive umas quatro reuniões com um especialista, um

life planner, um profissional de verdade, antes de fechar o negócio. Foi um processo detalhado, feito para as minhas necessidades específicas.

Para que Serve um Seguro de Vida de Verdade?

Um seguro de vida não é para te dar “lucro”. Ele tem duas missões de batalha muito claras:

  1. Proteger você em vida: Se você sofrer um acidente e ficar meses no hospital sem poder trabalhar, o seguro te paga uma indenização para que você possa se tratar sem queimar todo o seu patrimônio. Eu sei que se eu atravessar a rua e um carro passar por cima de mim, eu posso passar seis meses no hospital tranquilo, pois o seguro vai cobrir minhas despesas. Ele te compra paz.
  2. Proteger seus herdeiros (Sucessão Patrimonial): Ele serve como uma ferramenta de sucessão. O dinheiro do seguro não entra em inventário, é pago diretamente aos beneficiários de forma rápida e livre de impostos. É uma forma de garantir que sua família não fique desamparada num momento difícil.

Um seguro de verdade, bem estruturado, pode até ter uma cláusula de resgate. O meu, por exemplo, é resgatável, mas só depois que eu pagar todas as parcelas em 10 anos. Depois disso, estou protegido para sempre sem pagar mais nada, e se um dia eu quiser, posso resgatar o valor corrigido por IPCA mais uma taxa. Mas perceba: isso é um benefício secundário, não a função principal. E um produto desses é mais caro, não custa 50 ou 120 reais por mês.

O Plano de Batalha: Separe as Missões

Sua estratégia financeira precisa ter as missões bem definidas:

  • Para proteção: Procure um especialista em seguros, um life planner. Faça um planejamento sério. Use o seguro como um escudo.
  • Para enriquecimento: Construa uma carteira de investimentos com ativos de verdade (Ações, Títulos de Renda Fixa, etc.). Use seus investimentos como uma espada.

Não tente usar um escudo para atacar, nem uma espada para se defender. Cada ferramenta tem sua função. Entender essa separação é o que vai te impedir de cair em armadilhas e construir um futuro financeiro à prova de balas.

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